Eu acordei com uma enorme vontade de fazer uma cirurgia de coração. Um transplante. Sempre achei ridículo esse povo que fica sofrendo por amor por muito tempo. O mundo está inteirinho aí. Lindo. Cheio de gente linda. E o idiota fica sofrendo por uma pessoa só. Porra! Ninguém merece! Sempre achei ridículo.
Esse lance de amar é bem simples. A gente se faz bem. “Se gosta”, ”se cuida”, “se curte”. E a partir do momento que não está mais fazendo bem, acaba. Pronto. Eu encontrarei outro alguém e a outra pessoa também. Sem precisar briga, sofrimento, melancolia. É simples!
Esse negócio de ficar sem comer, chorar, achar que o tempo não vai passar ou que nunca vai encontrar alguém que te faça tão feliz. Duvidar do amor do outro, lembrar dos momentos, acordar e sentir falta, dormir e sentir falta, comer e sentir falta, sair e sentir falta, tomar banho e sentir falta, não querer mais ver e querer ver a todo tempo, falar do amor a todos os amigos até eles se encherem de você, ficar um dia inteiro lutando contra o telefone: Não vou ligar! É muito drama por pouca coisa. A outra criatura deve estar bem feliz com outro alguém. E sua vida ali, parada, sem nexo, sem sentido, sem vontade de mais nada. E tudo isso por quê? Porque você acha que encontrou a pessoa mais maravilhosa do mundo? Porque depois de descobrir o que é beijar a pessoa que ama, não faz sentido beijar mais ninguém? Porque não quero fazer o que fizeram comigo? Porque mais vale ficar sozinho com minhas lembranças que me arriscar sofrer de novo? Porque mesmo que eu tente, o corpo rejeita qualquer outro toque que não da pessoa amada? Porque morro de ciúmes só de imaginar ela com outra pessoa? Porque o coração dói, a alma dói, o corpo dói, a cabeça dói? Acho que vou precisar de um psicólogo...
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